domingo, 11 de setembro de 2011

17- O LOUCO PELO HADES

O LOUCO PELO HADES

Capítulo aberto à criatividade

ARGUMENTO INICIAL:
           Animado e esperanzado pelo que lhe pareciam muito bons augúrios e armado de uma determinação a toda prova, Orfeu já não regressou à Trácia, onde temia que seus pais fizessem qüestão de que aceitasse um cargo público, senão que dedicou-se a viajar, perguntando e perguntando sem parar, do Norte ao Sul da Grécia, a ambos lados do Mar Egeu, durante outros três anos, sobre como deveria fazer para encontrar as portas do Hades sem morrer. As respostas de todo tipo que coleitou dariam para escrever outro livro como este. Nenhuma delas lhe resultou minimamente fiável. Por onde ia lhe chamavam “O Louco pelo Hades”.


Finalmente, na orgulhosa Tirinto dos Aqueus disseram-lhe que se rumoreaba que seu antigo colega argonauta, Hércules, tinha feito, por ordem do rei, três longas viagens ao País dos Mortos, lá no Remoto Occidente. Até tinha-se apresentado um dia ante a corte com um monstro mau amarrado entre suas mãos, que fez passar pelo mismísimo guardião do Hades.
 
Não houve maneira de que o rei Euristeu de Tirinto acedesse a lhe ver para falar de Hércules; sua insistencia foi, inclusive, contestada com uma ameaça de expulsião da cidade, se continuava atrapahando.
 

Mas quando já ía enviar um mensageiro ao mesmo rei Eagro de Trácia para que pedisse a Euristeu uma audiência para ele no seu nome, um comerciante recém chegado de Creta contou que Hércules atacou Tróia com uma expedição de aqueus, acabando com seu monarca, Laomedonte, e que, após conseguir um enorme botim, tinha permitido generosamente que seguisse ocupando o trono o príncipe troiano Príamo. Acrescentou que agora mesmo o coloso se encontrava em Knossos, fazendo não se sabia que, entre as ruínas do Labirinto de Minos.
Anónimo Anónimo

 

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