segunda-feira, 12 de setembro de 2011

45 (2)- A MONTANHA DA COMPAIXÂO


A MONTANHA DA COMPAIXÃO


ESTE CAPÍTULO e o seguinte é um convite para imaginar e descrever a uma Mestra-canal perfeitamente conetada com o arquetipo da Mãe Universal, aspeto feminino da Divindade. Quantas mais versões sejam postadas, muito melhor. Colocremos aquí a mais brilhante delas, e as demais poderão ser lidas nos comentários ao capítulo. Só retiraremos aquelas que não sejam minimamente dignas do resto dos textos deste Romance coletivo.


ARGUMENTO INICIAL: O capítulo vai contar como decorreu a noite entre aquelas sessenta e sete refugiadas e seus meninos, naquele acampamento improvisado ao redor do espaço onde Lilinel, a mulher que foi criada por uma manada de lobos na montanha, recolhe e cuida a qualquer classe de animal abandonado ou ferido. A santa ermitaña e maestra à que todo mundo respeita e venera por sua bondade, compaixão e sabedoria, a sorgina ou maga Lilinel, a chamana que invoca à Deusa Mari e aos espíritos e devas de seu maciço sagrado, para conseguir a cura dos feridos, para que chegue alimento e que se acabe a feroz guerra entre clãs irmãos nos vales. 

De manhã, a sorgina agradece sua ajuda e liberta a Orfeo para que possa seguir seu caminho por um caminho que lhe indica, mas, quando o bardo se vai despedir da mulher que ajudou e de seus meninos, a encontra em um estado tão febril que decide pospor sua marcha e ficar à cuidar, proteger a seus dois meninos e pôr às ordens de Lilinel para ajudar a todos os refugiados, com o qual deixa a um lado seu habitual papel de artista e se converte em um entregado servidor integral que colabora assim que se precisa para mitigar tanta necessidade.


Dois dias mais tarde, à alva, divisa-se uma quarta fumaça em outro dos vales. A meia tarde escutam-se lamentos subindo ao maciço e aparecem outras cinquenta mulheres traumadas, carregando meninos e em muito mau estado, que vêm fugindo do novo povo incendiado.

Mas ficam de pedra ao encontrar no santuário da sorgina às refugiadas das aldeias de seus inimigos. Surge uma zarabanda de reproches e insultos e ambos bandos se aproximam se lançando pedras e dispostos a se esmagar mutuamente.
A sorgina então lança um grito como um trovão, que ficou ecoando nas montanhas. Em seguida chegam dos manadas de lobos desde os bosques meio e rodeiam-na. A maga fá-los formar uma amenazadora barreira de colmillos e rosnados entre os dois grupos inimigos, que perdem o ânimo de seguir brigando. Nesse momento a guardiã do santuqario natural increpa às mulheres contendientes, diferentes clãs da mesma tribo e língua, por ter propiciado, pelos pretextos que fossem, a destruição de seu mundo e seus lares que tanto tempo lhes levou construir. Orfeo colabora fazendo soar vibraciones de paz em sua lira, enquanto Lilinel, já canalizando à Deusa Mari, as incita a acalmarse, alinearse com suas almas, rezar, pacificarse, perdoar e se ajudar mutuamente a sobreviver.

As mulheres mais conscientes de ambas facções escutam e acatam as boas razões da Deusa através de sua canalizadora. A maioria, porque não têm mais remédio, acabam aceitando, por influência das primeiras, se organizar, cooperar, cuidar de doentes, feridos, meninos e idosos e repartir entre todos o alimento disponível até que se acabem as vinganças e possam voltar com os meninos a seus vales.


A Deusa Mari convidó a todas a iniciar um ciclo de orações contínuas durante 21 dias, cultivando neles os Sete Jardins Interiores. Dantes de começar, Lilinel lhes dará uma verdadeira iniciación sobre como orar para que, efetivamente, uma transformação evolutiva se produza. Pela primeira vez Orfeo ouve falar do Vórtice Planetario Gal.

Orfeo é o único homem entre as refugiadas e tem que se multiplicar para ajudar em todo tipo de trabalhos. Ademais assiste a Lilinel na organização e esta, por ser um estrangeiro neutro, o nomeia árbitro e coordenador entre os dois grupos em conflito, lhe atribuindo dois ayudantas que falam a língua franca. Pela primeira vez em sua vida, Orfeo tem que assumir as funções de serviço púbico às que seu pai, o Rei de Tracia, lhe queria destinar, sem o ter conseguido. Uma nova iniciación para ele, que tem que se revestir de todas as virtudes de seu pai, o perdoar e lhe pedir perdão interiormente.

Lilinel faz qüestão de que terá guerra entre os humanos entanto que estes persistam em explodir, matar e devorar aos animais, que só podem ascender a um nível evolutivo superior se os seres humanos se convertem em uma hierarquia de iniciadores para eles. Explica que ell Ser Humano não poderá ascender ao nível evolutivo suprahumano se dantes não facilita aos animais mais próximos a ele a individualización por médio do afeto, propiciando sua primeira encarnación no reino humano.

-Aqueles de vocês que pensam que isso de rezar é coisa de pessoas maiores ou simples que não têm outra coisa que fazer, estão muito equivocados –disse Lilinel-. Rezar é empregar de forma consciente o poder do Verbo Criador. O mesmo poder com que tendes precipitado a ruína de vosso mundo, pelo ter usado para vos criticar e vos odiar uns a outros, vos pode servir agora, conquanto utilizado, para que se produza a paz e possais reconstruirlo de novo.

Por muito que o tentam, as diferentes delegações de mulheres de ambos bandos não conseguem pôr travão aos ódios que contribuíram a desencadear, diretamente ou por omisión. Os homens sobreviventes dos dois povos queimados conseguiram destruir um dos inimigos, estão sitiando o outro, desviaram o ribeiro que os abastecia e juram que degolarão aos sitiados, ou os manterão bloqueados até que morram de sejam e fome por falta de água e alimentos


Decorre o tempo, escasean os víveres no acampamento e sucedem muitos acontecimentos que vão desenvolvendo em todos o sentimento de compaixão e suas conseqüências, entre eles a morte da mãe dos dois meninos, que são adotados por Lilinel. Por fim, pouco depois de terminados os 21 dias de oração, os guerreiros dos vales cessam as hostilidades, porque um grupo de pacificadores externos e neutros trouxe alimentos e ofereceu-se a negociar condições para a paz, para o que se convocou uma trégua e um Conselho Geral. 

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