segunda-feira, 12 de setembro de 2011

40 (2)- PROMETEU

PROMETEU

Capítulo aberto à criatividade


-A propósito disso, Jacín, te contarei algo que tua primeira narração removeu dentro de minha memória e que a segunda confirmou. Na primeira, falaste da Grande Lógia de Iniciados da Atlántida, e como eles tiveram que fugir quando o Imperador Negro se pôs aos perseguir e os eliminar. Na segunda mencionaste que as maçãs de ouro das Hespérides estavam custodiadas pela serpente Landón …

Assim é-respondeu Jacín, muito contente de que Orfeo recordasse todos aqueles detalhes
Muito bem- seguiu seu colega-, pois segundo as mais antigas tradições de meu país, Tracia, que se conservaram em uma Escola de Mistérios na Ilha de Samotracia, um hermanastro do último Imperador Branco dos Titanes, chamado Prometeo, teve que fugir com os seus daquele lugar paradisíaco onde vivesse, situado a Occidente. chamado Adama ou Adán ou Edén. A tradição diz que era filho de Jáfet ou Jápeto e da Deusa Temis, a transmissora do Bom Conselho ou Plano Divino, quem mais tarde construiria o templo do Oráculo em Delfos.
Prometeo fugiu atravessando o Mediterráneo com sua amada, uma sacerdotisa oceánide chamada a Ásia, além da gente que lhes seguiu, em um barco que conseguiu arribar à costa tracia. Desde ali, marcharam para a Anatolia, cruzando o Helesponto.
Em Tracia e Frigia, Prometeo transmitiu a quem eram dignos de recebê-las as valiosísimas iniciaciones das Serpentes ou Dragões de Sabedoria, Suponho que isso é uma maneira de dizer dos Sacerdotes que tinham cuidado da Árvore do Conhecimento do Parque Sagrado da Logia de Iniciados, na capital Atlante.

Suponho isso –explicou Orfeo ante o assombro do pirenaico- porque na Cólquide, o Vellocino de Ouro que fomos buscar faz anos, se encontrava pendurado na Árvore do Conhecimento de um Parque Sagrado semelhante, custodiado por uma Alta Sacerdotisa Iniciada, isto é, por um Dragão de Sabedoria.
Contava-se que os agentes do Imperador da Raça Anterior, a Quarta dos Titanes, ou seja os Atlantes, tinham acusado a Prometeo do sacrilegio de ter roubado as Maçãs de Ouro do Jardim Sagrado das Hespérides e foram mandados os mais tenaces guerreiros e feiticeiros a lhe perseguir e o silenciar, Prometeo de novo teve que escapar, se refugiando no Cáucaso.
Mas finalmente os feiticeiros conseguiram capturar-lhe e encerrar seu espírito em uma prisão astral situada sobre uma rocha inexpugnable, onde um encantamento terrível o atormentava, um buitre vinha todas as tardes a roerle o hígado e ao dia seguinte se lhe desenvolvia outro novo, para de novo roerlo o buitre…uma boa metáfora para descrever os remordimientos de alguém que rompe seu Voto de Silêncio sobre os Mistérios Iniciais. Prometeo está considerado como um Santo Redentor, um Kristos, para os Tracios e Caucasianos, seu fiel parceira, a oceánide Ásia, seguiu transmitindo seus conhecimentos de Alta Iniciada Branca em Anatolia, e por isso aquela região, mãe de tantas culturas da Nova Era, acabou se chamando como ela, a grande iniciadora procedente do Paraíso Atlán, cuja lembrança ficou bem registrado nos arquivos dos impérios mesopotámicos com o nome de sua longínqua pátria deformado em Adán ou Edén.

Em Creta, Hércules, que tinha sido meu rival, e depois meu camarada no início da maior aventura que vivi em minha juventude…e que agora é para mim um de meus amigos mais amados, – terminou o tracio, suspirando- me disse que não ia descansar tranqüilo até que conseguisse libertar ao espírito de Prometeo de sua rocha do Cáucaso e até conseguir para ele a imortalidade que se merecia por ter transmitido a nossa Quinta Raça Ariana, o Fogo Sagrado do Cultivo do Mental Superior, cultivo que a Raça Anterior não foi capaz de desenvolver, como era sua missão, porque ficaram enredados no sensacionalista e egoísta psiquismo inferior, produtor de fenômenos materiais de grande impacto emocional, típico da magia astral,

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