segunda-feira, 12 de setembro de 2011

45 (3)- NO MUNDO INTRATERRENO

NO MUNDO INTRATERRENO
Anónimo Anónimo

ESTE CAPÍTULO, como o anterior, é um convite para imaginar e descrever a uma Mestra-canal perfeitamente conetada com o arquetipo da Mãe Universal, aspeto feminino da Divindade. Quantas mais versões sejam postadas, muito melhor. Colocremos aquí a mais brilhante delas, e as demais poderão ser lidas nos comentários ao capítulo. Só retiraremos aquelas que não sejam minimamente dignas do resto dos textos deste Romance coletivo.

ARGUMENTO INICIAL:  
Resolvida a situação das refugiadas, Lilisnel ascende com Orfeu e os seus três lobos favoritosao que hoje se cconhece como Monte Perdido e alí o faz entrar, por um portal interdimensional, no Mundo Intraterreno de Lur e no antigo Palâço de Atland.. A seguir, um treto do capítulo:


"A tendència e facilidade para adquirir conhecimento transcendental é uma qualidade especial da consciencia de todos os seres- disse Lininel-. Isso é algo que não depende de ter o não ter um ambiente apropriado, mestres, escolas… é algo que pertence a alma, e não ao emocional ou ao intelecto… Se alguém já acumulou essa qualidade –e eu estou segura de que nascí com ela- nada pode lhe privar da cognição transcendente, nem sequer o fato de ter sido abandonada, quando bebé, pelos seres humanos e criada por uma manada de lobos, como aconteceu comigo.

-…Por una manada de lobos- espantou-se Orfeu

-Lobos muito amorosos, com certeza –confirmou a sacerdotisa fazendo uma caricia a Cinza, que estaba ao seu lado- inteligentes, corajosos, e muito solidários entre eles. Eu não tinha aprendido a linguagem humana, e os lobos não se comunicam entre eles  com sons específicos que se traduzem a pensamentos específicos, como os humanos fazem. Os sons, neles, apenas apoiam a expressividade da sua linguagem corporal e, sobre tudo, vibracional, eles possuem uma telepatía instintiva muito fina.

A loba sabía muito bem que estava-se falando dela, e permanecía atenta e meneando a cauda. Lilinel seguiu acariciando-a entanto que prosseguia:
-Saber, saber, é o coração quem sabe, e não a mente. Desde muito joven, meu coração encontrou Deus no silèncio e na grandiosidade da montanha.

Os lobos tem uma conexão com o Invisível que  conhecem como sua origen, sua guía e aquilo que completa suas carencias. E todos os animais, plantas e minerais tem essa conexão, não poderíam viver sem ela.

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 -O corpo físico da Quarta Raça Monádica, a Atlante, e da imensa maioria de seus habitantes, afundaram-se baixo o Oceano com a mudança de Era, e seus demais corpos inferiores, etérico, emocional e mental concreto, foram-se dissolvendo lentamente nas dimensões correspondentes- disse a sorgina- mas os átomos permanentes dos Atlantes reencarnaron na atual humanidade da Quinta Raça Ariana, em todos nós. Toda essa exagerada paixão amorosa tua, Orfeo, a produz o atlante que ainda vive em teu corpo emocional, apesar de que em teu corpo mental brilhe o melhor da Quarta Subraza Aria, a do desenvolvimento da sensibilidade artística. É esse talentoso desenvolvimento o que faz que não pareça tão patético teu titánico apego a um ser mortal que não só morreu faz mais de uma dúzia de anos, senão que é muito provável que, a estas alturas, já tenha reencarnado, crescido e viva em outro corpo sobre a terra.
Orfeo não se esperava aquilo. Nem sequer tinha-o pensado nunca. Ficou olhando-a sem saber que dizer.
-Sem a brillantez de teus cantos e músicas, sem o encanto de tua educação principesca, sem tua inteligência e conhecimentos de iniciado e, sobretudo, sem a compassiva solidariedade ativa que acabas de demonstrar ante as necessidades daquelas pobres refugiadas- seguiu ela, com a beleza da Deusa Mari trasparentándose baixo a pureza de seus olhos verdes e seu sorriso amorosa - … sem todas essas luzes que saem do melhor de ti, meu querido amigo, teu empecinamiento em ir até o Fim do Mundo e do Hades, por não aceitar, como todos aceitamos, algo tão normal e comum como a morte de um ser querido, seria tomado, pela maioria da gente, como simples alienación e acabariam te encerrando pára que não te causaes dano a ti mesmo. Não sê como não o fizeram já teus pais.
Orfeo estava muito calado e atento, as palavras de Lilinel tocavam-lhe no mais fundo. Doíam. Mas seu imenso respeito pela sacerdotisa obrigava-lhe a escutá-las sem responder.
-…Mas não todos os atlantes tinham instintos desenfreados e emoções explosivas e exageradas –seguiu ela-, Durante os milhares de anos de brilhante história daquele continente também se desenvolveu ali uma extraordinária elite de iniciados bem ligados com a Fonte do Amor-Sabedoria, e dela saíram verdadeiros Maestros que foram capazes de fundir com suas almas e até com suas Mónadas, e transcender, ascender, passar a habitar, em corpos subtis, uma civilização de quarta dimensão, quando a sua, tridimensional.deixou de existir, uma civilização suprafísica e intraoceánica, que continua existindo no mesmo espaço que ocupava o continente Atlante, sobre seu corpo mental, exatamente, e enfrente da costa ocidental da Ibéria.


A Nova Atlántida de Quarta Dimensão chama-se agora Gal, porque os nomes dos dos espaços sagrados e dos seus servidores vão-se mudando  em cada nova etapa evolutiva, para reforçar com os poderes do Verbo e expresar suas novas carateristicas  e funções.

            Gal é o vórtice arquetípico que atraiu e seguirá atraindo magneticamente, em direção aos litorais e ilhas oceánicas, aos mais intuitivos e corajosos pioneiros dos povos arianos, primeiro os de tipo lunar, os que desenham o sonho, ainda que no próximo futuro chegarão os de tipo solar, os que realizam o sonho desenhado, que se imporão…. mas essas gentes práticas acabarão sendo mentalmente conquistadas e melhoradas pela maior cultura humanista dos lunares.

Será espléndida a civilização que sairá da mistura da Quarta e a Quinta Subrazas Arianas, e influirá sobre todas as partes do mundo, até sobre aquelas que ainda nem se sabe que existem.
porém,  todavia existe uma elite dentro daquela elite, a dos Curadores de Almas e a dos Espelhos Cósmicos, e essa elite encontra-se aqui no interior deste impressionante nodo de montanhas, as mais altas da Cordillera e as que ocupam seu centro. São os habitantes suprafísicos do  Palácio de Atland, centro Intraterreno ou reino  a onde só chegam aqueles que tiveram grandes expansões de consciência recentemente, aqueles que amam à Deusa da Vida com um amor digno da incondicional maneira  como Ela ama a todos os seras. Aqueles como tu, Orfeo.

Após aquelas palavras, Lilinel avançou grota adentro e, chegando ao seu final, penetrou no que parecia parede de rocha. Com médio corpo ainda visível, voltou-se e convidou com um gesto ao bardo para segui-la.
Assim o fez este, comprovando com assombro que podia passar entre as moléculas da rocha como se fossem moléculas de ar. Do outro lado, foi deslumbrado por uma intensa luz procedente do alto. Quando conseguiu enxergar de novo,  Lilinel encontrava-se ante ele, vestida com a singela túnica rosada e com seu veu verde sobre a cabeça, mas via-se incrivelmente mais jovem e bela, irradiando de si uma maravilhosa luz dourada. Ela fez-lhe indicação de que se tocasse em um braço, e Orfeo comprovou, primeiro, que o mesmo tipo de luz estava irradiando de si e, segundo, que sua mão penetrava entre as moléculas de seu braço igual que tinha penetrado as da rocha.
Completamente atónito, tocou-se o torso, a cara e as pernas e teve assim a clara evidência que a solidez maciça de seu corpo físico tinha desaparecido, e que sua consciência encontrava-se agora dando vida a um veículo bem mais sutil, talvez de pura energía, a julgar pela luminosidade que irradiava, ainda que seguia conservando a mesma forma que seus olhos conheciam.
-Olha meus olhos, irmão Orfeu, olha bem dentro de mim –Disse Lilinel.
Assim o fez ele e, ao momento, uma imensa paz, uma alegria, um sentimento amoroso extraordinário invadiu-lhe  por completo, e soube que estava se submergindo no interior da consciência de Lilinel com a sua.
De repente encontrou-se olhando para seu próprio corpo radiante, imóvel como uma estátua, desde os olhos da sacerdotisa e, apesar de que via-se mais aposto que nos momentos de maior vigor de sua juventude, como quando recém chegado da Cólquide com aquela aura de herói, sentiu uma certa compaixão de si mesmo, ao perceberr a imensa carência que tinha deixado em si a morte de Eurídice, e a doce loucura na que aquela carência estaba-se convertendo, a qual tinha ido aceitando por completo, com o passar do tempo, junto com a adaptação às condições de sua quimérica busca peregrina, tal como se aquele buscar formasse parte da sua personalidade mais autêntica.

Mas então Lilinel, que ainda dirigia aquele corpo ao que sua consciência estava assomada, fechou seus olhos e os abriu de novo em seguida, e a consciência de Orfeo pôde ver, desde dentro deles e frente a eles, como aquela estátua imóvel que era seu corpo sutil desdobrava-se em outra, com formas bem diferentes, porém, ainda reconocíveis, e depois em outra e em outra, até três… etérico, emocional e mental concreto… e surgiram outras tríadas superpostas ao seu lado e adúté dúzias delas, umas de aspecto masculino e outras feminino, ao mesmo tempo em que iam mudando os cenários de fundo, e já havía centos de imagens suas enchendo tudo… e cada uma delas que se apresentava, ele sabia que mal eram involucros de seu próprio espírito; sua consciencia percebÍa com a maior clareza e serenidade que estava contemplando todas as personalidades que tinha assumido em suas vidas anteriores.
Finalmente, o ambiente escuro da caverna em torno tinha-se convertido no céu noturno, e, sobre ele, havia milhares de Orfeus transparentes de diferentes formas e sexos, desde o primeiro plano captável até os mais longínquos, nos quais todos aqueles corpos iam fazendo-se  constelações e estrelas da Via Láctea.

Desde dentro de si sentiu a voz de Lilinel pronunciando com firmeza uma invocação: “Majú –dizia- “Majú-Sugaar Majú-Sugaar, Majú-Sugaar…”, e continuou a cantar aquele mantra em todos os tons da escala.
Então, aquelas centenas de figuras pareceram explodir e se converter em ondulantes chamaradas, e as chamas tomaram a forma de um turbilhão ardente sobre o fundo estrelado, e este virou a Vía Láctea e finalmente aquela serpente de estrelas que cobría a abóvada celeste do Leste ao Oeste, convertiu-se em um gigantesco dragão alado que soltava fogo pela boca.

Quando mais asustador ele parecia, veio a diminuir de tamaño e a se enroscar docemente ao redor do corpo sutil de Lilinel, desde dentro do qual encontrava-se Orfeu percebendo tudo aquilo, e sentiu como ele mesmo era acarinhado, quando a mão suave da sacerdotisa acariciou a cabeça terrível do monstro, que então deixou de xogar flamas pela boca , e em seu lugar exalou um vapor que encheu o ambiente com um refinado perfume.

“Majú Sugaar Majú”, seguia cantando ela, cada vez mais baixinho e mais suave, enquanto o acariciava como se de um gatinho se tratasse, e Orfeu sentiu um estremecimiento de prazer, e o dragão converteu-se em uma enorme nuvem tormentosa, e a nuvem em chuva torrencial.

Cuando a agua e o vapor foram-se despejando, Orfeu tornou a ver nele incontãveis imágens de sí mismo, pero se iban transformando, y acabaron quedando convertidas en los cuerpos astrales de personas que habían sido sus antepasados y sus instructores, incluídos sus iniciadores en las diversas Escuelas de Misterios por las que había pasado, por los que sintió un inmenso sentimiento de veneración y agradecimiento.
Dos figuras se destacaron de entre ellos y vinieron a su encuentro: Se acabaron de definir como Lino, su maestro de música, tan prematuramente muerto, y el Centauro Quirón. Orfeo cayó de rodillas ante ellos.
Pero ellos lo alzaron y lo rodearon con un abrazo, abrazo que, extrañamente, no se sentía en la piel, sino en el alma. Transcurrió un tiempo sin tiempo en aquella fusión silenciosa, y, sin palabras, el bardo pudo obtener una enorme comunicación  y muchas comprensiones profundas de ella, sobre todo la de que un hombre jamás está solo: el ser encarnado que vive la aventura del vivir sobre el mundo no es más que la cabeza visible de una comunidad de espíritus invisibles que lo acompañan todo el tiempo desde distintas dimensiones entrelazadas.

Orfeo supo entonces que cada vez que tocaba y componía, Lino seguía tocando y componiendo sus maravillosas músicas a través de él; cada vez que llegaba a un nueva lección de la vida, era Quirón quien le conducía a ella o le asistía en su comprensión. Todos sus antepasados seguían intentando completar y extraer aprendizajes de  experiencias que habían dejado inconclusas en este plano, y era  por medio de él que las completaban y las aprendían. Y también llegaba a Orfeo, bien en sueños o despierto, el resultado de muchas experiencias esclarecedoras que su linaje de sangre o su linaje espiritual seguían viviendo en otros planos. Como el Dragón Celeste, una Mónada humana estaba compuesta por un enorme universo de constelaciones  donde todas las estrellas se iluminaban mutuamente."


Finalmente saem de ali e Lilinel indica-lhe um caminho por onde pode aceder a s seguinte etapa do Caminho das Estrelas, cruzando os Pirineos para o Sur através do passo que vai desde o atual Somport até Iaca ou Jaca.

. As pessoas que desejem fazer versões sobre este capítulo podem se informar sobre o Maciço de Ordesa, sobre Mari, a mais venerada deusa da montanha dos antigos vascães, e as lendas sobre o Palácio de Atland em Monte Perdido. A personagem literária da sorgina Lilinel, canal de Marí e dos Espíritos do Ar, protetora do Reino Animal, não é nenhuma deusa, senão uma mulher nada comum, completamente integrada com o médio natural, que vive no tremendo vórtice energético dos Altos Pirineos, situados ao Sur do que se chamará Lourdes mais adiante.


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